imagem Só queriam um pouco de conforto…

Está mais claro do que nunca a crise a qual o Brasil enfrenta. Particularmente acredito numa crise não apenas financeira, mas também de confiança que tem paralisado as pessoas de darem um passo a diante para mudar este quadro econômico e social.

Em 2016, assistimos em noticiários, presenciamos “ao vivo” pessoas morrendo pela falta de assistência adequada nos hospitais, pelos casos de violência, sofrendo até mesmo aqueles que teriam o poder de defender porque também ficaram sem recursos e preparo adequado para tal função. 2016 foi um ano nada animador para o país – quantas vezes escutei as frases assim:
“Está tudo muito caro”
“Gente! Esse é o pior momento para sair do emprego, se está ruim aqui dentro, pior lá fora”
“Nós não temos a assistência adequada, nosso salário é baixo, não sobra pra nada!”
“Esses políticos recebem salários altíssimos e nós aqui com esse saláriozinho que não dá pra nada! ”
“Aqui no Brasil está um verdadeiro descaso com a saúde e a educação”
“O Brasil está uma vergonha comparado a outros países” e por aí vai…
Foram tantas reclamações que me fez lembrar de alguns momentos que foram exibidos pela novela Os Dez Mandamentos produzido pela TV Record.
Lembro do clamor do povo judeu após anos de terrível escravidão, pedindo a Deus uma saída para aquele sofrimento que só piorava. Eles também eram explorados, quem os governava pouco faziam por eles e não tinham nenhum reconhecimento pelo império que foi erguido no Egito graça ao trabalho duro de centenas de judeus.
Enfim um dia o socorro chegou, conseguiram sair do Egito, embora com poucas condições, mas saíram. Agora podiam tomar qualquer rumo, sem estarem debaixo de um chicote, podiam recomeçar dependendo deles mesmos sem ter inimigos no controle.
Então Moisés foi obter com aquEle que lhes deu poder para saírem da condição de escravos e quando voltou, encontra uma festa – preparada pra Deus? Não! Para um bezerro de ouro! Aliás nem estavam muito preocupados com o inanimado bezerro, pois com tanta bebedice, e distrações como prostituição e zueiras, o culto ao bezerro era só mero pretexto.

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Comparando essas cenas com o que vemos hoje neste mês de Fevereiro, as histórias se repetem a cada ano. No fim do ano as pessoas fazem reflexões, muitos estão frustrados pelos problemas que não venceram, estão decepcionadas com o Governo, com as pessoas que convivem, fazem votos de que tudo vai mudar, (mas não muda) e soma se aos conflitos internos, perdas trágicas, se sentem escravizadas e exploradas por uma instituição e ou por alguém e começa um “clamor” por mudanças, porém um pouco diferente do que aconteceu na época bíblica, nem está dando tempo para serem libertas da escravidão e já caem na festa de idolatria, prostituição, bebedices, vícios, traições até o dia de cinzas porque afinal como disse o personagem que debateu com Moisés – “Só queriam um pouco de conforto”, mas que conforto momentâneo cujo saldo acaba sendo pior do que não festejassem? Porque normalmente uma festa deveria animar, deixar boas lembranças para os meses seguintes ainda mais se estamos celebrando algo oficialmente por 5 dias! (e tem os que já estão em folia desde o início do mês)
Acreditem ou não, mas Moisés não estava contra a ter festas, mas sim do que consistia tal festa. Para os judeus saírem de uma vida cujo futuro era incerto e o presente nada promissor, foi necessário uma força espiritual, um poder, afinal em pelo menos 400 anos de escravidão já poderiam ter saído daquela situação, mas tem coisas que a força braçal e poder intelectual não são suficientes – agora se precisaram de uma força espiritual pra libertar, é porque havia uma força espiritual para escravizar e tal força era não só o responsável pela maldade, mas também por tudo que há de distorcido e sujo nesse mundo e custou caro aquela festa no deserto, custou 40 anos até encontrar a terra prometida que muitos acabaram não chegando porque saíram do domínio da escravidão, mas trouxeram pra dentro de si o espírito escravizador, aquele que não deixava encontrar saída para o sofrimento, aquele que se disfarça em festas regadas a bebidas, orgias, e indecências dando uma alegria temporária, mas quando a festa passa deixa não só uma conta a mais no cartão de crédito, mas uma conta maior para aqueles que não querem dar ouvidos a verdade fazendo -os rodar por anos sem encontrar solução pro que realmente necessitam.

Querida leitora, se você está cansada de alegrias momentâneas, de ter apenas um pouco de conforto e deseja ter paz no seu interior independente de uma festa, ter uma vida com expressão, tenha uma vida com Deus fazendo dEle senhor e salvador de sua vida. É mais difícil, sim! Porque vida com Ele não é uma bagunça, mas o que Ele tem a nos oferecer ainda que fizéssemos festa os 365 dias do ano, não saciaria a nossa sede por uma nova vida!

Um abraço!

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